Brasil deve sofrer com ondas de calor mais intensas e duradouras, diz instituto / Foto de Willbone/Pexels
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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já havia alertado em 2023, um dos anos mais quentes do Brasil no século, que a tendência seria a do país - e do mundo - registrar ondas de calor cada vez mais intensas e duradouras. E as estimativas não são nada animadoras.
Os pesquisadores do instituto levantaram dados meteorológicos de 1961 até 2020 no Brasil e perceberam, por exemplo, que entre 1991 e 2000 as ondas de calor não ultraavam 1,5º C em relação à média para o período. Só que, entre 2011 e 2020 elas quase triplicaram, ando de 3º C.
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As anomalias de dias de calor também sofreram alterações preocupantes e que indicam que a humanidade está no caminho errado em relação ao clima.
Entre 1961 e 1990 o número de dias com ondas de calor não ava de sete ao ano. Porém, de 1991 a 2000 subiu para 20 dias. Entre 2001 e 2010 atingiu 40 dias e, de 2011 a 2020 chegou a 52 dias, concluiu o relatório.
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Em três décadas houve um aumento gigantesco de sete vezes na quantidade de dias no ano em que o Brasil vive com temperaturas muito elevadas. Quase extremas.
Lincoln Alves, pesquisador do Inpe e coordenador do estudo, finaliza dizendo que "claramente o Brasil já está experimentando essas transformações, evidenciadas pelo aumento na frequência e na intensidade de eventos climáticos extremos em várias regiões desde 1961, que irão se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global".
*Com informações da BBC e do Inpe
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